Tristezas de estimação

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A internet também me fez escritora

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Um relato pessoal

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Fabiane Guimarães
Oct 02, 2024
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Tristezas de estimação
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A internet também me fez escritora
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Olá, querido e querida assinante das Tristezas de estimação. A edição de hoje é fechada para apoiadores, o que significa que você pode encontrar um paywall desagradável ali no meio. Me perdoa por mandá-lo a você, é só que eu preciso vender meu peixe (duas crianças para alimentar etc), e eu não sei fazer de outra forma. Se couber no seu bolso, considere apoiar. Custa só 9,90 por mês. Na semana que vem, tem edição gratuita fresquinha na sua caixa. Um abraço.

Tinha um desses lá em casa. Créditos: Jeff Dray/Flickr

Há uns dias, a escritora Vanessa Barbara deu uma entrevista para O Globo na qual fala sobre seu novo livro, Três camadas de noite e as dificuldades que tem para se promover, sendo ela uma pessoa extremamente tímida. Amo a Vanessa e não é de hoje, inclusive recomendo esse romance a deus e o mundo, foi uma das melhores leituras do ano até agora. Adorei o chega para lá que ela deu no repórter ao ser questionada sobre seu “sumiço” na literatura. Cansada das redes sociais, como todos nós estamos, a Vanessa disse ter a impressão de que se autopromover é mais importante do que escrever. Compreendo o sentimento, mas discordo um pouco dela nesse sentido.

Como já escrevi aqui antes, não acho que os escritores “precisem” ser influencers. Acho que essa é uma pressão muito mais interna do que externa. Claro, é mesmo essencial que os autores tenham uma presença online, principalmente se estão longe dos grandes centros. Isso é muito diferente de ter que virar um guru do marketing de conteúdo do dia para noite, e ser obrigado a mandar umas dancinhas no Tiktok. Eu já senti que precisava fazer isso, e na época em que lancei o Apague a luz se for chorar fiz incontáveis vídeos para promover o livro. Alguns deles chegaram a viralizar. Isso ajudou o vender o romance, torná-lo conhecido? Respondendo com sinceridade: não muito. Vender livros é uma alquimia complicada que não responde necessariamente aos números das redes sociais. Há coisas que ajudam muito mais, como parcerias com bookinfluencers (os verdadeiros), diálogos diretos com livreiros e pequenas livrarias, participação em clubes de livro e, obviamente, o marketing da própria editora. O que, convenhamos, muitas casas editoriais deixam de fazer.

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