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Lili X's avatar

Originalmente, escrevia prosa claramente. Depois, eu nem sei o que escrevo, a narração continua ali, mas tudo fragmentou, a fragmentação virou parte de mim, engolir palavras, e alguns momentos certas palavras nem mesmo chegarem a nascer. Recebi um diagnóstico, de algumas amigas, parte delas escritoras, que é uma revelação assombrosa para mim: poeta. Assombrosa porque passei a escrever assim antes mesmo de começar a ler poesia que faz só um ano, sou uma bebezinha como leitora de poesia sempre digo e se sou uma bebezinha como leitora de poesia, como posso ser poeta? Absurdo. E então agora surgem coisas que definitivamente não são narrativas e digo: acho que cometi um poema. Porque é totalmente sem intenção. O mesmo aconteceu com a criação de conteúdo, a plataforma mudou, o instagram, ou eu mudei, ou as duas coisas, já não sei dizer, e esse lugar, o substack, virou meu refúgio da velocidade, do infinito, do excesso de quantidade de informações, quantidade de repetições, quantidade de estímulos que me devastaram tanto, acho que é hora de dar adeus a essa terra que me arrasa e parece ser arrasada aos meus olhos. É difícil de abandonar algo de tantos anos, mas me sinto tranquila aqui, lendo bons textos como esse seu por alguns minutos e não mais segundos.

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Luisa Sá Lasserre's avatar

Leremos o poema??

Agora uma dúvida que eu tenho, sobre a construção de histórias. Você falando do seu novo romance, fiquei pensando: quando você começa a escrever, já sabe a estrutura da história? Tipo, vai partir desse ponto A pra chegar ao ponto B?

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