Originalmente, escrevia prosa claramente. Depois, eu nem sei o que escrevo, a narração continua ali, mas tudo fragmentou, a fragmentação virou parte de mim, engolir palavras, e alguns momentos certas palavras nem mesmo chegarem a nascer. Recebi um diagnóstico, de algumas amigas, parte delas escritoras, que é uma revelação assombrosa para mim: poeta. Assombrosa porque passei a escrever assim antes mesmo de começar a ler poesia que faz só um ano, sou uma bebezinha como leitora de poesia sempre digo e se sou uma bebezinha como leitora de poesia, como posso ser poeta? Absurdo. E então agora surgem coisas que definitivamente não são narrativas e digo: acho que cometi um poema. Porque é totalmente sem intenção. O mesmo aconteceu com a criação de conteúdo, a plataforma mudou, o instagram, ou eu mudei, ou as duas coisas, já não sei dizer, e esse lugar, o substack, virou meu refúgio da velocidade, do infinito, do excesso de quantidade de informações, quantidade de repetições, quantidade de estímulos que me devastaram tanto, acho que é hora de dar adeus a essa terra que me arrasa e parece ser arrasada aos meus olhos. É difícil de abandonar algo de tantos anos, mas me sinto tranquila aqui, lendo bons textos como esse seu por alguns minutos e não mais segundos.
Agora uma dúvida que eu tenho, sobre a construção de histórias. Você falando do seu novo romance, fiquei pensando: quando você começa a escrever, já sabe a estrutura da história? Tipo, vai partir desse ponto A pra chegar ao ponto B?
Nossa, Fabiane, tantas identificações com esse texto... Sobre as transformações na forma de ver o mundo, a vida, e os reflexos na escrita, sobre a crença de que poesia nunca foi para mim (Lembrei que anos atrás, passei por uma cena num trecho de riacho quase congelado [eu morava no hemisfério errado na época, o Norte] e fui assaltado por uma tentativa de poesia... Em inglês, ainda, imagina?)... Sobre a síndrome de copia&cola descarada por aí (escrevi um comentário ontem, num posto da @mariamuller justamente sobre isso)... Obrigado por compartilhar!
Originalmente, escrevia prosa claramente. Depois, eu nem sei o que escrevo, a narração continua ali, mas tudo fragmentou, a fragmentação virou parte de mim, engolir palavras, e alguns momentos certas palavras nem mesmo chegarem a nascer. Recebi um diagnóstico, de algumas amigas, parte delas escritoras, que é uma revelação assombrosa para mim: poeta. Assombrosa porque passei a escrever assim antes mesmo de começar a ler poesia que faz só um ano, sou uma bebezinha como leitora de poesia sempre digo e se sou uma bebezinha como leitora de poesia, como posso ser poeta? Absurdo. E então agora surgem coisas que definitivamente não são narrativas e digo: acho que cometi um poema. Porque é totalmente sem intenção. O mesmo aconteceu com a criação de conteúdo, a plataforma mudou, o instagram, ou eu mudei, ou as duas coisas, já não sei dizer, e esse lugar, o substack, virou meu refúgio da velocidade, do infinito, do excesso de quantidade de informações, quantidade de repetições, quantidade de estímulos que me devastaram tanto, acho que é hora de dar adeus a essa terra que me arrasa e parece ser arrasada aos meus olhos. É difícil de abandonar algo de tantos anos, mas me sinto tranquila aqui, lendo bons textos como esse seu por alguns minutos e não mais segundos.
Leremos o poema??
Agora uma dúvida que eu tenho, sobre a construção de histórias. Você falando do seu novo romance, fiquei pensando: quando você começa a escrever, já sabe a estrutura da história? Tipo, vai partir desse ponto A pra chegar ao ponto B?
Geralmente eu sei onde vai começar e terminar, o meio eu não sei nada, descubro no caminho 😂
“Ainda que eu não escreva, estarei escrevendo” ♥️
ah, bem-vinda ao mundo do pensamento selvagem! faça seu cantinho onde e quando bem quiser. volte sempre q precisar...
Doida pra ler esse escrito sobre a taróloga!
Nossa, Fabiane, tantas identificações com esse texto... Sobre as transformações na forma de ver o mundo, a vida, e os reflexos na escrita, sobre a crença de que poesia nunca foi para mim (Lembrei que anos atrás, passei por uma cena num trecho de riacho quase congelado [eu morava no hemisfério errado na época, o Norte] e fui assaltado por uma tentativa de poesia... Em inglês, ainda, imagina?)... Sobre a síndrome de copia&cola descarada por aí (escrevi um comentário ontem, num posto da @mariamuller justamente sobre isso)... Obrigado por compartilhar!
Queremos essa poesia! S2.
tudo muda ❤️
e é muito bom acompanhar as mudanças de grandes artistas de perto :)
quer dizer então que teremos um livro de poesia em breve? (profetizando...)
Hahaha não chegaremos a tanto, por enquanto foi um episódio isolado 😂
ah, poxa vida! mas vai que…