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Lena Mattar's avatar

Adorei a newsletter de hoje! Penso muito sobre isso e me marcou muito ter lido Como escrever bem, de William Zinsser, pois ele fala muito sobre isso. Ler, reler e reescrever sempre pensando na simplicidade.

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Helen Araújo's avatar

Estou lendo desde ontem "Por que escrevo" de George Orwell, e penso que combina muito bem com o que você fala da simplicidade da escrita (e da vaidade dos excessos também). Sobre o autor de O Segredo dos Seus Olhos (eu amo tanto essa história!) e a carpintaria, me lembrei de um trecho de texto do meu amado Graciliano Ramos, em que ele compara com o trabalho das lavadeiras de Alagoas:

“Deve-se escrever da mesma maneira como as lavadeiras lá de Alagoas fazem seu ofício. Elas começam com uma primeira lavada, molham a roupa suja na beira da lagoa ou do riacho, torcem o pano, molham-no novamente, voltam a torcer. Colocam o anil, ensaboam e torcem uma, duas vezes. Depois enxáguam, dão mais uma molhada, agora jogando a água com a mão. Batem o pano na laje ou na pedra limpa, e dão mais uma torcida e mais outra, torcem até não pingar do pano uma só gota. Somente depois de feito tudo isso é que elas dependuram a roupa lavada na corda ou no varal, para secar. Pois quem se mete a escrever devia fazer a mesma coisa; a palavra não foi feita para enfeitar, brilhar como ouro falso; a palavra foi feita para dizer”.

Salvei seu texto como referência, pois estou justamente estudando "por que escrever", e escrever simples e sincero é o tipo de escrita mais bonita e agradável que existe.

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