Fabi, como é doido como a mesma maternidade que nos fragmenta em mil pedaços seja capaz de unir pessoas que nunca nem se viram. Me vi em suas palavras. O que posso dizer é que gente faz mais pedra virar leite do que leite virar pedra. Foi coincidentemente engraçado que eu tenha pegado minha primeira fração de tempo livre em dias para ler essa news. A casa caída ao redor, a criança recém entregue na creche, nem comi ainda mas vim aqui ler pra respirar e me lembrar do que Manoel de Barros sabiamente fala: "Quem anda no trilho é trem de ferro. Sou água que corre entre pedras - liberdade caça jeito." Nossas palavras sempre vão encontrar brecha pra fluir, mesmo em meio ao duro chão da parentalidade. Beijo!
Fabi, sou mãe de dois também O primeiro filho chegou chegando...alergia à proteína do leite de vaca foi a parte "fácil" do primeiro ano. Hoje ele já está com 15 anos e minha mais nova com 11. Posso te dizer que o trabalho não cessa, mas muda. Hoje tenho uma carga mental e de "motorista" imensa com eles (para quem mora em SP sabe o desperdício de tempo que o deslocamento aqui leva). Por outro lado, meu marido e eu estamos aprendendo a ficarmos "sozinhos" aos finais de semana, já que as crianças agora têm "vida própria". Muitas vezes, me vejo perdida com o tempo que aparentemente está sobrando. E agora? O que vou fazer? A listinha de coisas "Vou fazer quando tiver tempo" é grande, algumas delas nem fazem mais sentido e outras apareceram. Fiz como você, decidi eleger o que quero como prioridade dentro do que preciso fazer. O computador vai comigo onde vou. Escrevo enquanto espero a filha na aula de jazz, escrevo no café dividindo a mesa com uma amiga na mesma situação. E assim seguimos...nos virando....
Nossa, Dani, a minha primeira também veio com APLV, o caos completo. No caso da Cora ainda não descartamos essa hipótese (ela chora menos e dá menos trabalho, mas o intestino ainda é uma questão). Acho que, quando voltar a ter tempo, vou me sentir bem perdida também hehe
É curioso seu texto nesse momento porque constantemente me justifico dizendo que <nao tenho tempo e olha que nem tenho filhos>. A vida da gente é um arranjo, tem horas que é instagramável e tem horas que é só o caos possível. Gosto demais de ler suas brisas possíveis entre duas crianças, uma casa e uma mente brilhante. ✨
Acho que a gente nunca tem tempo em qualquer situação hahaha é muito difícil gerenciar o tempo real do tempo hipotético. Obrigada pela leitura, querida, mas brilhante é nada, está mais para encardidinha
Vc já é uma heroína por ter tido filhos! Hoje em dia a galera não quer ter trabalho algum, e é tão bom! Tão gratificante aprender a escrever em minutos surreais, a entender que ser interrompida por um serzinho diminuto é um previlégio único durante uma curta fase da tua vida! Parabéns! Minha profunda admiração! Sou mãe de duas adolescentes e minha vida criativa continua sendo interrompida inesperadamente… isso continua… mas muitas vezes é a pausa para que eu precisava para criar melhor. bjos
Antes de começar a ler seu texto, rascunhei uma ideia sobre a falta de tempo para cuidados básicos e antes bobos, como pintar as unhas depois da maternidade. Escrever toma tempo, mas também preenche demais. Minha busca atual, aqui no Substack, é encontrar esses espaços pois a vida nos leva facilmente a dedicar todo nosso tempo ao outro e menos a nós.
Fabi, a emoção que me levou a me tornar seu apoiador foi a empatia. Além de gostar do que você escreve, claro, que senão, veja bem. Mas a empatia foi decisiva porque vivi tudo isso - por mais que insistam em dizer que homem é diferente, eu era o Mr. Mom, o pai em casa com dois gurizinhos, um deles ainda na fralda, 1,5 ano de diferença entre eles, lá na gringa, sem família, sem rede de apoio, sem babá… Bom, enfrentei uma leve depressão, claro, causada pelo sentimento de não saber bem o que estava fazendo. Mas tinha também um livro pra escrever. Eu o escrevi. Às vezes no intervalo da soneca da tarde, quando o prazo entre o mais lento para adormecer e o mais rápido para acordar não chegava a 20 minutos. Lá ia eu, sentava, escrevia. Uma frase de cada vez, um, dois parágrafos, três. Foi o que me salvou. O mundo da imaginação pra onde eu viajava - embora não fosse ficção, havia uma viagem para as décadas em que se passava a história e por mais que tenha pesquisado, a gente só pode imaginar o mundo em que não vivemos. Enfim, não tenho conselho pra te dar, quem sou eu? O tempo vai voar e um dia no futuro você vai ler seus livros - como fiz hoje com o meu, quando o enviava para uma candidatura a uma bolsa de autor residente - e vai receber memórias do FB de 10 anos atrás, como aconteceu hoje também, uma foto dos gurizinhos numa ponte de madeira no meio de um bosque, e vai se pegar completamente perplexa, pensando, como foi que eu consegui? Talvez você se lembre. Eu não lembro mais.
Que texto foda ♥️ eu achava que não tinha muito tempo pra escrever - não tenho filhos ainda e fiquei pensando sobre como seria então quando fosse tê-los e magicamente muito tempo apareceu e estou aproveitando. Amo sua escrita!
em tempo (espero): li seu post no dia em que saiu.
estou para te escrever um comentário desde que o li. (parece que sempre estou para alguma coisa. e quase nunca só estou. digo, no tempo certo. mesmo tendo comprado aquele relógio casio, do texto que te enviei da pocket consultoria - até que o Obama, o Osama e eu usávamos nos anos 90 - lembra?, então, parece que não adiantou nada; ainda vivo perdendo o timing. é algo crônico, que não deixa de ser pato 🦆 lógico.
na verdade estou te adiantando o que estou pra te contar melhor por e-mail, num e-mail que estou a te escrever. que resolvi manter a ideia de escrever sobre a possibilidade de voltar no tempo com um relógio vintage de quando eu tinha lá meus sete anos e assistia ao Mundo da Lua comendo o recheio das bolachas hipopó - o que acabou por se tornar meu primeiro post aqui no substecka. é, sim, pode ser que eu esteja meio obcecado com isso. essa minha relação bandida com o Tempo. essa é uma questão que já há algum… período me pega pelo calcanhar de Aquiles.
mas, enfim, fico admirado com como você lida com o seu tempo. como aproveita cada minuto para manter sua arte viva - essa é verdadeira arte. e também com como você relata isso, e suas aventuras cotidianas com as suas meninas, de um modo tão seu. da gosto de ler. me proporciona um momento agradável de leitura.
ao contrário de ler texto de coach sobre produtividade: isso já é perda de tempo.
Muita coincidência ler teu texto depois de ter assistido a um filme sobre a maternidade chamado "Canina". Recomendo muito que o vejas no teu pouco tempo livre. Acho que vais encontrar algum conforto ali.
Lendo teu texto, lembrei de diversas situações que vivemos.
Gosto muito de te ler. Embora nem sempre consigo acompanhar tudo e vir aqui comentar. Por aqui também estou pedindo ao responsável pelo sistema para mudar meu tempo...
Fabi, como é doido como a mesma maternidade que nos fragmenta em mil pedaços seja capaz de unir pessoas que nunca nem se viram. Me vi em suas palavras. O que posso dizer é que gente faz mais pedra virar leite do que leite virar pedra. Foi coincidentemente engraçado que eu tenha pegado minha primeira fração de tempo livre em dias para ler essa news. A casa caída ao redor, a criança recém entregue na creche, nem comi ainda mas vim aqui ler pra respirar e me lembrar do que Manoel de Barros sabiamente fala: "Quem anda no trilho é trem de ferro. Sou água que corre entre pedras - liberdade caça jeito." Nossas palavras sempre vão encontrar brecha pra fluir, mesmo em meio ao duro chão da parentalidade. Beijo!
Que honra ser a sua leitura no espaço que havia, eu sei como isso é importante. Muito obrigada, querida Lis
Fabi, sou mãe de dois também O primeiro filho chegou chegando...alergia à proteína do leite de vaca foi a parte "fácil" do primeiro ano. Hoje ele já está com 15 anos e minha mais nova com 11. Posso te dizer que o trabalho não cessa, mas muda. Hoje tenho uma carga mental e de "motorista" imensa com eles (para quem mora em SP sabe o desperdício de tempo que o deslocamento aqui leva). Por outro lado, meu marido e eu estamos aprendendo a ficarmos "sozinhos" aos finais de semana, já que as crianças agora têm "vida própria". Muitas vezes, me vejo perdida com o tempo que aparentemente está sobrando. E agora? O que vou fazer? A listinha de coisas "Vou fazer quando tiver tempo" é grande, algumas delas nem fazem mais sentido e outras apareceram. Fiz como você, decidi eleger o que quero como prioridade dentro do que preciso fazer. O computador vai comigo onde vou. Escrevo enquanto espero a filha na aula de jazz, escrevo no café dividindo a mesa com uma amiga na mesma situação. E assim seguimos...nos virando....
Nossa, Dani, a minha primeira também veio com APLV, o caos completo. No caso da Cora ainda não descartamos essa hipótese (ela chora menos e dá menos trabalho, mas o intestino ainda é uma questão). Acho que, quando voltar a ter tempo, vou me sentir bem perdida também hehe
É curioso seu texto nesse momento porque constantemente me justifico dizendo que <nao tenho tempo e olha que nem tenho filhos>. A vida da gente é um arranjo, tem horas que é instagramável e tem horas que é só o caos possível. Gosto demais de ler suas brisas possíveis entre duas crianças, uma casa e uma mente brilhante. ✨
Acho que a gente nunca tem tempo em qualquer situação hahaha é muito difícil gerenciar o tempo real do tempo hipotético. Obrigada pela leitura, querida, mas brilhante é nada, está mais para encardidinha
Vc já é uma heroína por ter tido filhos! Hoje em dia a galera não quer ter trabalho algum, e é tão bom! Tão gratificante aprender a escrever em minutos surreais, a entender que ser interrompida por um serzinho diminuto é um previlégio único durante uma curta fase da tua vida! Parabéns! Minha profunda admiração! Sou mãe de duas adolescentes e minha vida criativa continua sendo interrompida inesperadamente… isso continua… mas muitas vezes é a pausa para que eu precisava para criar melhor. bjos
Antes de começar a ler seu texto, rascunhei uma ideia sobre a falta de tempo para cuidados básicos e antes bobos, como pintar as unhas depois da maternidade. Escrever toma tempo, mas também preenche demais. Minha busca atual, aqui no Substack, é encontrar esses espaços pois a vida nos leva facilmente a dedicar todo nosso tempo ao outro e menos a nós.
Enfim, amei o texto! Já comecei a te seguir :)
Fabi, a emoção que me levou a me tornar seu apoiador foi a empatia. Além de gostar do que você escreve, claro, que senão, veja bem. Mas a empatia foi decisiva porque vivi tudo isso - por mais que insistam em dizer que homem é diferente, eu era o Mr. Mom, o pai em casa com dois gurizinhos, um deles ainda na fralda, 1,5 ano de diferença entre eles, lá na gringa, sem família, sem rede de apoio, sem babá… Bom, enfrentei uma leve depressão, claro, causada pelo sentimento de não saber bem o que estava fazendo. Mas tinha também um livro pra escrever. Eu o escrevi. Às vezes no intervalo da soneca da tarde, quando o prazo entre o mais lento para adormecer e o mais rápido para acordar não chegava a 20 minutos. Lá ia eu, sentava, escrevia. Uma frase de cada vez, um, dois parágrafos, três. Foi o que me salvou. O mundo da imaginação pra onde eu viajava - embora não fosse ficção, havia uma viagem para as décadas em que se passava a história e por mais que tenha pesquisado, a gente só pode imaginar o mundo em que não vivemos. Enfim, não tenho conselho pra te dar, quem sou eu? O tempo vai voar e um dia no futuro você vai ler seus livros - como fiz hoje com o meu, quando o enviava para uma candidatura a uma bolsa de autor residente - e vai receber memórias do FB de 10 anos atrás, como aconteceu hoje também, uma foto dos gurizinhos numa ponte de madeira no meio de um bosque, e vai se pegar completamente perplexa, pensando, como foi que eu consegui? Talvez você se lembre. Eu não lembro mais.
Querido, que depoimento lindo, aqueceu meu coração por dentro. Obrigada!
Que texto foda ♥️ eu achava que não tinha muito tempo pra escrever - não tenho filhos ainda e fiquei pensando sobre como seria então quando fosse tê-los e magicamente muito tempo apareceu e estou aproveitando. Amo sua escrita!
em tempo (espero): li seu post no dia em que saiu.
estou para te escrever um comentário desde que o li. (parece que sempre estou para alguma coisa. e quase nunca só estou. digo, no tempo certo. mesmo tendo comprado aquele relógio casio, do texto que te enviei da pocket consultoria - até que o Obama, o Osama e eu usávamos nos anos 90 - lembra?, então, parece que não adiantou nada; ainda vivo perdendo o timing. é algo crônico, que não deixa de ser pato 🦆 lógico.
na verdade estou te adiantando o que estou pra te contar melhor por e-mail, num e-mail que estou a te escrever. que resolvi manter a ideia de escrever sobre a possibilidade de voltar no tempo com um relógio vintage de quando eu tinha lá meus sete anos e assistia ao Mundo da Lua comendo o recheio das bolachas hipopó - o que acabou por se tornar meu primeiro post aqui no substecka. é, sim, pode ser que eu esteja meio obcecado com isso. essa minha relação bandida com o Tempo. essa é uma questão que já há algum… período me pega pelo calcanhar de Aquiles.
mas, enfim, fico admirado com como você lida com o seu tempo. como aproveita cada minuto para manter sua arte viva - essa é verdadeira arte. e também com como você relata isso, e suas aventuras cotidianas com as suas meninas, de um modo tão seu. da gosto de ler. me proporciona um momento agradável de leitura.
ao contrário de ler texto de coach sobre produtividade: isso já é perda de tempo.
Você é único, Thiago! Obrigada pela gentileza
Mulher, até sua lista de compras deve ser gostoso de ler...... continue escrevendo muuuuito!!!
haha obrigada querida!
Obrigado por partilhar tanta coisa boa, minha querida. Belo texto!
Muito obrigada!
eu estou sempre subestimando o tempo. em praticamente todas as tarefas, levo mais tempo do que havia previsto. para escrever, então...
Aí que você se enrola hehe
Muita coincidência ler teu texto depois de ter assistido a um filme sobre a maternidade chamado "Canina". Recomendo muito que o vejas no teu pouco tempo livre. Acho que vais encontrar algum conforto ali.
Lendo teu texto, lembrei de diversas situações que vivemos.
Mas vai passar. Vai passar.
Gosto muito de te ler. Embora nem sempre consigo acompanhar tudo e vir aqui comentar. Por aqui também estou pedindo ao responsável pelo sistema para mudar meu tempo...
Que texto necessário, obrigada Fabi do presente, por nunca ter deixado de escrever 💛
Obrigada Munike do presente por ler!!!
❤️ um abraço pra você. tamo junta. é difícil pra caramba, mesmo com todo o amor do mundo.
Aquela sua crônica do outro dia bateu forte porque vivo aquilo ali (com o agravante de não dormir hehe)... Obrigada pela leitura!
Como mãe de primeira viagem e que ama escrever, precisa escrever, esta partilha comoveu-me!
Fico muito feliz em saber! Pelo menos um alento: realmente melhora com o [tempo]