lembrei de mim mesma uns anos atrás, da vida cheia de "glamour" das viagens no mercado corporativo, do salário alto que sempre sobrava bastante (e nem lembro mais o que fazia com aquilo, mas sei que tinham muitos gastos bobos e compensatórios no cartão de crédito), mas também do stress que nunca acabava, das expectativas nunca alcançadas... parece outra eu. às vezes tenho saudade dela. mas na maior parte das vezes, prefiro meu eu de hoje. até porque, aquela antiga eu, não escrevia. era escrava de um sistema opressor. mesmo com muito privilégio. enfim. seguimos!
No começo eles dependem muito da gente; depois de um certo ponto, ganham vida própria. Com os filhos, é assim para todo mundo; e com os livros? Foi assim para mim na única ficção em que me arrisquei por enquanto. É assim para você também?
Amei como você nomeou a falta que insiste quando disse desse flerte com o passado, que rememoramos de forma idealizada, mas que também tinha buracos. E da parte em que fala de como não trocaria o que tem hoje pelo que tinha antes, ainda que haja sempre uma perda. O lance da arte que é carregada como amuleto me pegou muito também.
Te ler tem sido um grande prazer e também um aprendizado.
Vc sempre tão certeira! Que bom que tá conseguindo escrever. Sinto que essas coisas que nos conectam a nós mesmas para além do cheiro de leite talhado e de fraldas de cocô são muito importantes no puerpério.
Sabe que eu também gostei muito desse aqui? E olha que antes de publicar eu cortei algumas partes que ficaram muito deprimentes, puro baby blues hehehe
Obrigada por ter colocado essas palavras no mundo, Fabiane. De uma puérpera que as leu com lágrimas nos olhos e um braço dormente por conta de uma bebê que só precisava do meu colo para dormir hoje. 🤍
"Dias em que preciso me lembrar, várias vezes, que as escolhas deixadas para trás são sempre sedutoras porque já foram vividas, e a memória seleciona muito bem os seus triunfos."
É muito comum nos deixarmos levar por essas emoções, né? A gente conhece os finais — e isso dá uma falsa sensação de controle.
Me lembrou de certo tempo da minha vida também, e me deu vontade de escrever sobre isso.
lembrei de mim mesma uns anos atrás, da vida cheia de "glamour" das viagens no mercado corporativo, do salário alto que sempre sobrava bastante (e nem lembro mais o que fazia com aquilo, mas sei que tinham muitos gastos bobos e compensatórios no cartão de crédito), mas também do stress que nunca acabava, das expectativas nunca alcançadas... parece outra eu. às vezes tenho saudade dela. mas na maior parte das vezes, prefiro meu eu de hoje. até porque, aquela antiga eu, não escrevia. era escrava de um sistema opressor. mesmo com muito privilégio. enfim. seguimos!
É tão bom descobrir outras pessoas com escolhas "malucas". Obrigada também, Fabiane.
No começo eles dependem muito da gente; depois de um certo ponto, ganham vida própria. Com os filhos, é assim para todo mundo; e com os livros? Foi assim para mim na única ficção em que me arrisquei por enquanto. É assim para você também?
Sim!! Depois que crescem e vão embora, os livros, como os filhos, deixam de ser só nossos. Boa lembrança
Nossa, Fabiane, me identifiquei demais, até no puerpério no verão kk. Delícia de texto!
Obrigada, querida. Às vezes eu penso: pelo menos não estou trocando fralda no frio hehe
Amei como você nomeou a falta que insiste quando disse desse flerte com o passado, que rememoramos de forma idealizada, mas que também tinha buracos. E da parte em que fala de como não trocaria o que tem hoje pelo que tinha antes, ainda que haja sempre uma perda. O lance da arte que é carregada como amuleto me pegou muito também.
Te ler tem sido um grande prazer e também um aprendizado.
Eu agradeço a sua gentileza de comentar, Anna. Feliz que bateu aí, obrigada!
Vc sempre tão certeira! Que bom que tá conseguindo escrever. Sinto que essas coisas que nos conectam a nós mesmas para além do cheiro de leite talhado e de fraldas de cocô são muito importantes no puerpério.
Com certeza! Substack está sendo um ótimo alívio
Que texto maravilhoso, adorei, Fabi!! O final, então, esplêndido.
Sabe que eu também gostei muito desse aqui? E olha que antes de publicar eu cortei algumas partes que ficaram muito deprimentes, puro baby blues hehehe
Hahaha ficou no ponto!
amar, escrever e parir são verbos muito poderosos. e imbatíveis quando associados.
Tenho tanta sorte por praticar os três!
Me reconheço em suas palavras. Que bom poder ter pessoas como vc, traduzindo sentimentos na escrita.
É uma honra encontrar esse reconhecimento, Juliana! Obrigada pelo comentário
Obrigada por ter colocado essas palavras no mundo, Fabiane. De uma puérpera que as leu com lágrimas nos olhos e um braço dormente por conta de uma bebê que só precisava do meu colo para dormir hoje. 🤍
Força para você, querida. Eu que agradeço a leitura!
"Dias em que preciso me lembrar, várias vezes, que as escolhas deixadas para trás são sempre sedutoras porque já foram vividas, e a memória seleciona muito bem os seus triunfos."
É muito comum nos deixarmos levar por essas emoções, né? A gente conhece os finais — e isso dá uma falsa sensação de controle.
Me lembrou de certo tempo da minha vida também, e me deu vontade de escrever sobre isso.