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Lis Guedes's avatar

Fabi, que preciosidade de texto. Você fez uma colcha de retalhos tão bonita aqui que a sensação é que daria pra continuar tecendo ela infinitamente. Pano pra manga.

Quando nasce um filho nasce com ele uma linguagem/língua nova e isso é coisa que tem me apavorado e encantado na mesma medida, inacostumável

Queria indicar um livro que li recentemente, que me fez brisar muito nisso tudo, se chama Léxico Familiar, a autora conta sobre a própria vida trazendo a tona todo jeito de falar/expressão da própria família. Se costura todo em cima disso.

Desde então não paro de pensar no léxico familiar que surgiu aqui desde que Jorge nasceu, e o da família que vim, também, que muitas vezes se estende a minha de agora. Toda família tem um idioma próprio que perde e ganha palavras a medida que as pernas dessas crianças crescem

Nada tão nosso quanto nossa língua

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Fabiane Guimarães's avatar

Sim! Outro dia compartilhei um texto seu sobre o mesmo assunto, achei lindíssimo

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Raisa Monteiro Capela's avatar

Minha filha chamava chupeta de 'pitoulo' e não entendi de onde veio esse nome 🥹.

As palavras que as crianças falam são demais. Um dia minha filha deixou escapar "bigo" que ela quis dizer umbigo. Daí fui corrigi-la e ela perguntou: e quem tem dois bigos? 😅😅😅

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Fabiane Guimarães's avatar

Errada ela não tá hahaha crianças são mini gênios

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Munike Ávila's avatar

Que abraço de texto! Você colocou lindamente em palavras algo que me fascina desde que adentrei esse universo paralelo chamado maternidade. Ontem mesmo minha mais velha perguntou o que significava a palavra "coleção". Mostrei pra ela a coleção dasprimeiras palavras que ela falou, anotadas num caderninho até ela completar dois anos (depois não parou de falar mais, ficou difícil registrar tudo 😆). Ela disse que sou uma colecionadora de palavras. Pelo visto não estou sozinha 💛

Ela também me pergunta porque eu ensinei minha língua pra ela e faz um tempo venho refletindo sobre isso. Digo que é a melhor herança que posso passar. Comecei a escrever sobre, mas daí nasceu o segundo e entrei na dança, ou na montanha russa, nesses altos e baixos que você bem descreveu no texto. Nenhuma das minhas amigas de longa data são mães, e encontrar refúgio nas palavras de outras mães por aqui dá uma sensação de comunidade, de que não estamos sós.

Por isso, obrigada! 💛

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Fabiane Guimarães's avatar

Obrigada você pelo comentário! Não vejo a hora de chegar nas definições, nos comentários espirituosos. Quero documentar tudo…

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pedro rabello's avatar

poucas coisas no mundo são tão bonitas quanto as crianças descobrindo e ressignificando as palavras. e manoel de barros é um dos poucos gênios que conseguiram manter esse frescor da infância depois de crescidos.

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Fabiane Guimarães's avatar

Ele é perfeito ❤️❤️

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Gilberto Clementino Neto's avatar

Que bonita reflexão, Fabiane. "Não dá para conjurar o feitiço da infância com palavras de outro povo. Uma língua materna tem o som da própria memória", muito lindo. E, sim, dá uma saudade imensa das palavrinhas das filhas quando elas aprendem a "falar certo". Conselho de um pai saudoso: é bom anotar cada uma delas. Com o tempo, é um pequeno idioma que se perde.

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Fabiane Guimarães's avatar

Estou anotando sim :))

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Regiane Folter's avatar

Seu texto fez eu me lembrar do livro "Viver entre línguas", que fala sobre a experiência de falar vários idiomas e como cada situação que vivemos pode nos levar a nos expressar em um ou outro. Acho que você gostaria dessa leitura!

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Fabiane Guimarães's avatar

Obrigada pela dica, vou procurar com certeza

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Mabelly Venson's avatar

Querida, esse texto é um abraço. Uma mãe leva a outra! Estamos aqui.

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Fabiane Guimarães's avatar

Obrigada!! ❤️🙏🏼

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Nathalia B. Almeida's avatar

Te ler é aconchegante como domingo de manhã embaixo do edredom 🤍

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Helena Simões Miranda's avatar

Que texto lindo... me lembrei da vovozinha e seu "quédê?" (cadê?)

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Paula Maria's avatar

Lindíssimo ✨

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Fabiane Guimarães's avatar

Obrigada, querida Paula

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Fotos bonitas de dias feios's avatar

Que texto gostoso de ler! Por aqui eu salvei palavras e até hoje falo cerurá ao invés de celular. Quando tive os meus pequenos (hoje médios) eu pensava que era como receber um estrangeiro em casa. Ele não sabe minha língua nem meus costumes e a gente ia se conhecendo e se entendendo ao logo do processo. Eu ia ensinando as coisas, aprendendo outras e no fim criamos um laço tão forte que eu não sei como são meus dias sem a presença desses gringos. Com a diferença que eu que fiz eles.

um beijo pra vocês

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Fabiane Guimarães's avatar

Essa imagem do estrangeiro é muito preciosa. É mesmo isso. Quando minhas pequenas ficarem médias (adorei haha) vou sentir saudade

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Marcela's avatar

Seus textos cada vez mais deliciosos de ler!

*

Faça a higiene natural mesmo, bom demais

*

Se não tiver com quem falar, estamos aqui, eu e mais um monte de mulheres, mães, ou não, que gostam de falar de apojadura e de cocô de neném, além de outras coisas da vida

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Fabiane Guimarães's avatar

Meus dias inteiros se resumem em fazer higiene natural/dar colidis/luftal. A Cora tem muita disquesia e problema para fazer cocô. O medo que ela tenha APLV como a Isabel ainda me assombra, embora os sintomas dela ainda estejam mais leves do que os da Bel (que urrava de dor todos os dias)

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Marcela's avatar

Torcendo pra não ser aplv e ser só imaturidade intestinal 😞

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Paola Z. Behs's avatar

Um texto leve que caiu como um abraço por aqui - uma mãe que busca cada vez mais se expressar através da linguagem. Precisamos mesmo de outras formas de falar de amor. Só amor acho que nao basta para falar do amor de mãe.

Só não concordo sobre apojadura - a minha foi horrível, os peitos pareciam duas bolas de boliche - enormes e duros! Rsrs.

E estamos juntas Fabi - super à disposição pra ser tua amiga virtual se precisar 🧡. Aliás, já conheceu o Atlas das Mães e o Comaderia da @Verbena Cartaxo? Vale super dar uma olhada e quem sabe participar ☺️

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Fabiane Guimarães's avatar

A minha também foi difícil, tanto que comecei a doar leite para o banco de leite (estou doando até hoje). Já estou no mapa da Verbena, uma excelente iniciativa com certeza 🥰

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Paola Z. Behs's avatar

boas! se precisar de alguns abraços virtuais de mães, é só entrar lá no chat da comadreria - eu mesma usei o chat para uma pequena crise no final de semana e ajudou demais :)

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Diana Costa's avatar

Que texto lindíssimo!!! Não sou mãe, e acho que não serei, mas tenho acompanhado duas grandes amigas sendo e é lindo ler você e pensar nelas, de todo o coração.

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Fabiane Guimarães's avatar

Que bom saber disso, Diana. Só por isso já sei que você deve ser uma boa amiga

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Carol Reis's avatar

Sempre lindo te ler e ver representadas tantas pequenas recordações. Quantas vezes acordei do sono picado achando que perdi o bebê na cama, que esqueci de colocar no berço…

o cansaço das noites mal dormidas e a felicidade incrível de, quando ele não dorme pq aprendeu a andar e fica sonhando com os primeiros passinhos 🥰

Uma mãe apoia a outra. Seguimos ♥️

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Fabiane Guimarães's avatar

Seguimos juntas! Nenhuma das nossas experiências é individual

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Lalai Persson's avatar

Que edição mais bonita, Fabiane. Adorei “apojadura” também. Que palavra forte e gorda. Confesso que, como imigrante, me emocionei com o último trecho. ♥️

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Fabiane Guimarães's avatar

Não é?? Queria lembrar onde foi que eu li, fui até no ChatGPT tentar descobrir, mas meu cérebro de ameba simplesmente não conseguiu se lembrar

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