Fabi, que preciosidade de texto. Você fez uma colcha de retalhos tão bonita aqui que a sensação é que daria pra continuar tecendo ela infinitamente. Pano pra manga.
Quando nasce um filho nasce com ele uma linguagem/língua nova e isso é coisa que tem me apavorado e encantado na mesma medida, inacostumável
Queria indicar um livro que li recentemente, que me fez brisar muito nisso tudo, se chama Léxico Familiar, a autora conta sobre a própria vida trazendo a tona todo jeito de falar/expressão da própria família. Se costura todo em cima disso.
Desde então não paro de pensar no léxico familiar que surgiu aqui desde que Jorge nasceu, e o da família que vim, também, que muitas vezes se estende a minha de agora. Toda família tem um idioma próprio que perde e ganha palavras a medida que as pernas dessas crianças crescem
Minha filha chamava chupeta de 'pitoulo' e não entendi de onde veio esse nome 🥹.
As palavras que as crianças falam são demais. Um dia minha filha deixou escapar "bigo" que ela quis dizer umbigo. Daí fui corrigi-la e ela perguntou: e quem tem dois bigos? 😅😅😅
Que abraço de texto! Você colocou lindamente em palavras algo que me fascina desde que adentrei esse universo paralelo chamado maternidade. Ontem mesmo minha mais velha perguntou o que significava a palavra "coleção". Mostrei pra ela a coleção dasprimeiras palavras que ela falou, anotadas num caderninho até ela completar dois anos (depois não parou de falar mais, ficou difícil registrar tudo 😆). Ela disse que sou uma colecionadora de palavras. Pelo visto não estou sozinha 💛
Ela também me pergunta porque eu ensinei minha língua pra ela e faz um tempo venho refletindo sobre isso. Digo que é a melhor herança que posso passar. Comecei a escrever sobre, mas daí nasceu o segundo e entrei na dança, ou na montanha russa, nesses altos e baixos que você bem descreveu no texto. Nenhuma das minhas amigas de longa data são mães, e encontrar refúgio nas palavras de outras mães por aqui dá uma sensação de comunidade, de que não estamos sós.
poucas coisas no mundo são tão bonitas quanto as crianças descobrindo e ressignificando as palavras. e manoel de barros é um dos poucos gênios que conseguiram manter esse frescor da infância depois de crescidos.
Que bonita reflexão, Fabiane. "Não dá para conjurar o feitiço da infância com palavras de outro povo. Uma língua materna tem o som da própria memória", muito lindo. E, sim, dá uma saudade imensa das palavrinhas das filhas quando elas aprendem a "falar certo". Conselho de um pai saudoso: é bom anotar cada uma delas. Com o tempo, é um pequeno idioma que se perde.
Seu texto fez eu me lembrar do livro "Viver entre línguas", que fala sobre a experiência de falar vários idiomas e como cada situação que vivemos pode nos levar a nos expressar em um ou outro. Acho que você gostaria dessa leitura!
Que texto gostoso de ler! Por aqui eu salvei palavras e até hoje falo cerurá ao invés de celular. Quando tive os meus pequenos (hoje médios) eu pensava que era como receber um estrangeiro em casa. Ele não sabe minha língua nem meus costumes e a gente ia se conhecendo e se entendendo ao logo do processo. Eu ia ensinando as coisas, aprendendo outras e no fim criamos um laço tão forte que eu não sei como são meus dias sem a presença desses gringos. Com a diferença que eu que fiz eles.
Se não tiver com quem falar, estamos aqui, eu e mais um monte de mulheres, mães, ou não, que gostam de falar de apojadura e de cocô de neném, além de outras coisas da vida
Meus dias inteiros se resumem em fazer higiene natural/dar colidis/luftal. A Cora tem muita disquesia e problema para fazer cocô. O medo que ela tenha APLV como a Isabel ainda me assombra, embora os sintomas dela ainda estejam mais leves do que os da Bel (que urrava de dor todos os dias)
Um texto leve que caiu como um abraço por aqui - uma mãe que busca cada vez mais se expressar através da linguagem. Precisamos mesmo de outras formas de falar de amor. Só amor acho que nao basta para falar do amor de mãe.
Só não concordo sobre apojadura - a minha foi horrível, os peitos pareciam duas bolas de boliche - enormes e duros! Rsrs.
E estamos juntas Fabi - super à disposição pra ser tua amiga virtual se precisar 🧡. Aliás, já conheceu o Atlas das Mães e o Comaderia da @Verbena Cartaxo? Vale super dar uma olhada e quem sabe participar ☺️
A minha também foi difícil, tanto que comecei a doar leite para o banco de leite (estou doando até hoje). Já estou no mapa da Verbena, uma excelente iniciativa com certeza 🥰
boas! se precisar de alguns abraços virtuais de mães, é só entrar lá no chat da comadreria - eu mesma usei o chat para uma pequena crise no final de semana e ajudou demais :)
Que texto lindíssimo!!! Não sou mãe, e acho que não serei, mas tenho acompanhado duas grandes amigas sendo e é lindo ler você e pensar nelas, de todo o coração.
Sempre lindo te ler e ver representadas tantas pequenas recordações. Quantas vezes acordei do sono picado achando que perdi o bebê na cama, que esqueci de colocar no berço…
o cansaço das noites mal dormidas e a felicidade incrível de, quando ele não dorme pq aprendeu a andar e fica sonhando com os primeiros passinhos 🥰
Que edição mais bonita, Fabiane. Adorei “apojadura” também. Que palavra forte e gorda. Confesso que, como imigrante, me emocionei com o último trecho. ♥️
Fabi, que preciosidade de texto. Você fez uma colcha de retalhos tão bonita aqui que a sensação é que daria pra continuar tecendo ela infinitamente. Pano pra manga.
Quando nasce um filho nasce com ele uma linguagem/língua nova e isso é coisa que tem me apavorado e encantado na mesma medida, inacostumável
Queria indicar um livro que li recentemente, que me fez brisar muito nisso tudo, se chama Léxico Familiar, a autora conta sobre a própria vida trazendo a tona todo jeito de falar/expressão da própria família. Se costura todo em cima disso.
Desde então não paro de pensar no léxico familiar que surgiu aqui desde que Jorge nasceu, e o da família que vim, também, que muitas vezes se estende a minha de agora. Toda família tem um idioma próprio que perde e ganha palavras a medida que as pernas dessas crianças crescem
Nada tão nosso quanto nossa língua
Sim! Outro dia compartilhei um texto seu sobre o mesmo assunto, achei lindíssimo
Minha filha chamava chupeta de 'pitoulo' e não entendi de onde veio esse nome 🥹.
As palavras que as crianças falam são demais. Um dia minha filha deixou escapar "bigo" que ela quis dizer umbigo. Daí fui corrigi-la e ela perguntou: e quem tem dois bigos? 😅😅😅
Errada ela não tá hahaha crianças são mini gênios
Que abraço de texto! Você colocou lindamente em palavras algo que me fascina desde que adentrei esse universo paralelo chamado maternidade. Ontem mesmo minha mais velha perguntou o que significava a palavra "coleção". Mostrei pra ela a coleção dasprimeiras palavras que ela falou, anotadas num caderninho até ela completar dois anos (depois não parou de falar mais, ficou difícil registrar tudo 😆). Ela disse que sou uma colecionadora de palavras. Pelo visto não estou sozinha 💛
Ela também me pergunta porque eu ensinei minha língua pra ela e faz um tempo venho refletindo sobre isso. Digo que é a melhor herança que posso passar. Comecei a escrever sobre, mas daí nasceu o segundo e entrei na dança, ou na montanha russa, nesses altos e baixos que você bem descreveu no texto. Nenhuma das minhas amigas de longa data são mães, e encontrar refúgio nas palavras de outras mães por aqui dá uma sensação de comunidade, de que não estamos sós.
Por isso, obrigada! 💛
Obrigada você pelo comentário! Não vejo a hora de chegar nas definições, nos comentários espirituosos. Quero documentar tudo…
poucas coisas no mundo são tão bonitas quanto as crianças descobrindo e ressignificando as palavras. e manoel de barros é um dos poucos gênios que conseguiram manter esse frescor da infância depois de crescidos.
Ele é perfeito ❤️❤️
Que bonita reflexão, Fabiane. "Não dá para conjurar o feitiço da infância com palavras de outro povo. Uma língua materna tem o som da própria memória", muito lindo. E, sim, dá uma saudade imensa das palavrinhas das filhas quando elas aprendem a "falar certo". Conselho de um pai saudoso: é bom anotar cada uma delas. Com o tempo, é um pequeno idioma que se perde.
Estou anotando sim :))
Seu texto fez eu me lembrar do livro "Viver entre línguas", que fala sobre a experiência de falar vários idiomas e como cada situação que vivemos pode nos levar a nos expressar em um ou outro. Acho que você gostaria dessa leitura!
Obrigada pela dica, vou procurar com certeza
Querida, esse texto é um abraço. Uma mãe leva a outra! Estamos aqui.
Obrigada!! ❤️🙏🏼
Te ler é aconchegante como domingo de manhã embaixo do edredom 🤍
Que texto lindo... me lembrei da vovozinha e seu "quédê?" (cadê?)
Lindíssimo ✨
Obrigada, querida Paula
Que texto gostoso de ler! Por aqui eu salvei palavras e até hoje falo cerurá ao invés de celular. Quando tive os meus pequenos (hoje médios) eu pensava que era como receber um estrangeiro em casa. Ele não sabe minha língua nem meus costumes e a gente ia se conhecendo e se entendendo ao logo do processo. Eu ia ensinando as coisas, aprendendo outras e no fim criamos um laço tão forte que eu não sei como são meus dias sem a presença desses gringos. Com a diferença que eu que fiz eles.
um beijo pra vocês
Essa imagem do estrangeiro é muito preciosa. É mesmo isso. Quando minhas pequenas ficarem médias (adorei haha) vou sentir saudade
Seus textos cada vez mais deliciosos de ler!
*
Faça a higiene natural mesmo, bom demais
*
Se não tiver com quem falar, estamos aqui, eu e mais um monte de mulheres, mães, ou não, que gostam de falar de apojadura e de cocô de neném, além de outras coisas da vida
Meus dias inteiros se resumem em fazer higiene natural/dar colidis/luftal. A Cora tem muita disquesia e problema para fazer cocô. O medo que ela tenha APLV como a Isabel ainda me assombra, embora os sintomas dela ainda estejam mais leves do que os da Bel (que urrava de dor todos os dias)
Torcendo pra não ser aplv e ser só imaturidade intestinal 😞
Um texto leve que caiu como um abraço por aqui - uma mãe que busca cada vez mais se expressar através da linguagem. Precisamos mesmo de outras formas de falar de amor. Só amor acho que nao basta para falar do amor de mãe.
Só não concordo sobre apojadura - a minha foi horrível, os peitos pareciam duas bolas de boliche - enormes e duros! Rsrs.
E estamos juntas Fabi - super à disposição pra ser tua amiga virtual se precisar 🧡. Aliás, já conheceu o Atlas das Mães e o Comaderia da @Verbena Cartaxo? Vale super dar uma olhada e quem sabe participar ☺️
A minha também foi difícil, tanto que comecei a doar leite para o banco de leite (estou doando até hoje). Já estou no mapa da Verbena, uma excelente iniciativa com certeza 🥰
boas! se precisar de alguns abraços virtuais de mães, é só entrar lá no chat da comadreria - eu mesma usei o chat para uma pequena crise no final de semana e ajudou demais :)
Que texto lindíssimo!!! Não sou mãe, e acho que não serei, mas tenho acompanhado duas grandes amigas sendo e é lindo ler você e pensar nelas, de todo o coração.
Que bom saber disso, Diana. Só por isso já sei que você deve ser uma boa amiga
Sempre lindo te ler e ver representadas tantas pequenas recordações. Quantas vezes acordei do sono picado achando que perdi o bebê na cama, que esqueci de colocar no berço…
o cansaço das noites mal dormidas e a felicidade incrível de, quando ele não dorme pq aprendeu a andar e fica sonhando com os primeiros passinhos 🥰
Uma mãe apoia a outra. Seguimos ♥️
Seguimos juntas! Nenhuma das nossas experiências é individual
Que edição mais bonita, Fabiane. Adorei “apojadura” também. Que palavra forte e gorda. Confesso que, como imigrante, me emocionei com o último trecho. ♥️
Não é?? Queria lembrar onde foi que eu li, fui até no ChatGPT tentar descobrir, mas meu cérebro de ameba simplesmente não conseguiu se lembrar