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Que texto inspirador! O mundo real está repleto de personagens. É um ato de coragem criar personagens humanos que revelam quão complexos somos, indo além da superficialidade esteticamente limpa de vícios e comportamentos imorais.

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Quando leio um livro com personagens assim, nem sigo em frente. A vida é curta demais para ler sobre alecrins dourados rsrs

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Depois desse texto, Fabiane, não podia mais deixar de assinar a sua newsletter. Você conseguiu ser certeira! Obrigada por compartilhar.

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Obrigada, Mariana! Significa muito para mim o seu apoio <3

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O texto que precisamos em tempos de alecrins dourados! haha

Isso me lembrou de uma novela mexicana (a louca das novelas mexicanas falando) chamada Rubi, de 2004, na qual a protagonista é uma anti-heroína completa. Ela é a própria "vilã" que faz o mal aos mocinhos e mocinhas. Ambiciosa, ela passa por cima de tudo e de todos (inclusive de si mesma) para conseguir ficar rica e escapar da pobreza (até entendo haha). Achei essa abordagem incrível, já que todas as novelas da época (e nas atuais) acompanhamos a jornada da "boa moça". E o mais maravilhoso de tudo é que a Rubi não encontra a "redenção" no final. Ela sustentou suas falhas de caráter até o fim.

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Esse texto me lembrou algo que venho pensando em desenvolver em um texto tem um tempo, que é essa necessidade que as pessoas têm de que as obras de arte que elas consomem sejam moralizantes, o que tira toda a graça da coisa, que é justamente ter personagens de caráter duvidoso.

E essa atenção aos detalhes é algo que estou em processo de aprendizado constante para melhorar a construção dos meus personagens :)

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Apaixonada por esse texto! Quanta inspiração em uma tacada só. Obrigada por isso, Fabiane.

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o que mais gosto de reparar nos livros é justamente a construção dos personagens: quanto mais complexos, mais interessantes eles são. e adoro quando eles agem fora do que seria o esperado, sobretudo se o autor conseguir fazê-lo agir fora da própria lógica do personagem, como muitas vezes nós fazemos na “vida real”.

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Nossa, Fabiane, muito pertinente sua reflexão. Eu e uma amiga, lemos simultaneamente "A pediatra", e ela ficou muito consternada com o final do livro, pq não era o que ela esperava daquela mulher. E que o desfecho comprometeu a obra inteira.

Analisando, vi que era mais sobre ela, do que a personagem. Aos quase 40, ela decidiu que não será mãe. E acho que ela jogou as escolhas dela na personagem.

Acredito que os bons personagens são exatamente assim como vc os descreveu: ambíguos. Pois é assim que nós somos.

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Oi, Fabiane! Espero que esteja tudo bem por aí <3

As coincidências (se é que podemos chamar assim) sempre nos pegam de surpresa, né? Ontem mesmo, em uma aula do curso de Letras, falamos sobre a diferença do autor e do narrador — imagina o quão maior é quando se trata de personagens! Que bom que essa diferença está sendo falada em tantos lugares diferentes, pois é essencial!

Abraços

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Tem uma amiga que fala que somos bonitos nos detalhes e que, por isso, para ver beleza a gente tem que chegar junto. Olhando sem a devida atenção, somos todos comuns e sem atrativos.

Adoro seus textos, Fabi.

beijos!!!

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É estranho o quanto as pessoas andam julgando as personalidades de personagens e exigindo que eles sejam perfeitos, como você pontuou no texto! Todo mundo é falho e cinza, por que os personagens não seriam? O seu personagem, ao comparar o filho aos cachorros, me deixou bem perplexo na leitura, então eu diria que a coisa funcionou bastante bem. É bizarro imaginar que tem gente que não aceita que personagens são pessoas... só não são reais hahaha.

(Alguns parecem mais reais do que gente de verdade)

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