Foi muito bom ler esse texto. Eu decidi escrever meu primeiro livro (ainda não publicado) um romance adolescente, e a grande maioria (esmagadora) de romances adolescentes escritos no mundo indie se passam no estrangeiro. Inúmeras escritoras daqui escrevem como se vivessem nos EUA, e também é de lá a maior produção desse gênero, o tal YA. Eu sou de Fortaleza-CE, e é aqui que meus personagens vivem. Comigo. Vou arriscar. Quero escrever minha cidade, meu estado. Há amores em outras cidades desse Brasil precisam ser contados! Obrigada pela reflexão! Devoro cada texto.
Excelente edição, Fabiane, como de costume. Por mais que viva no Sudeste, sinto isso às vezes no interior de SP também. As pessoas "brincam" que determinada cidade é roça, mas eventualmente percebo um tom pejorativo. Felizmente, há muita vida fora dos grandes centros. E vida repleta de histórias incríveis.
Sonho com o dia em que a literatura brasileira vai se popularizar e o termo - regional - vai se extinguir. Como estudante de Letras, pretendo defender, principalmente, a literatura brasileira contemporânea, tão preciosa quanto os ditos clássicos. Adorei seu texto, em breve lerei seus livros. <3
Acredito muito que, sim, com o tempo o tal "regionalismo" vai ser abolido. A literatura brasileira é única. Agradeço muito a gentileza do comentário, espero que goste dos livros :)
Que coincidência bonita. Caipira que sou, escrevi exatamente sobre isso na minha newsletter semana passada. Foi transformador deixar o lugar da inadequação para ver beleza na minha história da menina que estudou na fazenda e não conheceu os "clássicos" na infância. As histórias são múltiplas e há muita beleza no que não é ainda visto como riqueza cultural...
A minha também. Assim como (espero eu) uma visão de que os clássicos são importantes, porém as vivências, dentro do trivial, daquilo taxado de pouco, também é valoroso e deve ser observado com o mesmo afinco dos clássicos.
Conheci "Apague a luz se for chorar" em uma busca por livros nacionais que realmente saíssem desse eixo RJ-SP. Imagina a emoção da brasiliense aqui ao ler um livro tão sensível e que ainda se passava em locais tão conhecidos por mim :) muito obrigada!! Sua escrita é apaixonante 🖤
Acho que é por isso mesmo que gosto da sua escrita, seus personagens parecem pessoas reais, falam como pessoas reais, é algo que parece simples e fácil, mas não é. E eu acho isso incrível (esse diálogo que você postou, caramba, sabe)!
Fabiane, seu texto é um bálsamo. Também escrevo, lançarei esta semana um novo livro de contos, o Marias, onde tento colocar em um prédio, por meio das minhas protagonistas uma diversidade de linguagens, de gente de tudo que é canto, mulheres de idades e condição econômica diferentes, vislumbrando cada qual o mundo com aquilo que carrega em sua bagagem cultural, embora todas dividindo a mesma atmosfera. Não foi fácil, porque por muito tempo tive a preocupação de falar por todas e com todas, por isso tive que me ouvir também. Vivi alguns anos no interior antes de vir, ainda pequena, para a capital paulista. Já minha família vem de diversas regiões do Brasil. E foi essa mistura gostosa que reverberou no Marias, porque eu ouvi o que eu trazia de mim mesma para dar vida às minhas personagens. Para mim isso é o mais puro compromisso com nossa história, traçada em nossa escrita.
Me identifiquei muito com a sua experiência, Fabi. Passei muito tempo escrevendo histórias em cidades sem nome. Parecia que nenhuma história interessante ou bonita poderia acontecer nos lugares que eu conhecia. Hoje já não me sinto assim em relação à minha escrita, mas sinto muita falta de ler mais histórias centro-oestinas e brasilienses.
Que texto incrível, Fabiane! Eu sou do RJ, da baixada fluminense, e cresci também comendo marrom glacê com creme de leite. Infelizmente, só depois de adulta passei a ter coragem de explicar onde era "Duque de Caxias" e que não, eu não morava em Copacabana e muito menos perto da praia. Hoje em dia tenho como objetivo registrar mais sobre minha cidade e sempre que posso, falar de onde sou. Só que hoje, felizmente, com orgulho. Quem dera sempre tivesse sido assim.
Foi muito bom ler esse texto. Eu decidi escrever meu primeiro livro (ainda não publicado) um romance adolescente, e a grande maioria (esmagadora) de romances adolescentes escritos no mundo indie se passam no estrangeiro. Inúmeras escritoras daqui escrevem como se vivessem nos EUA, e também é de lá a maior produção desse gênero, o tal YA. Eu sou de Fortaleza-CE, e é aqui que meus personagens vivem. Comigo. Vou arriscar. Quero escrever minha cidade, meu estado. Há amores em outras cidades desse Brasil precisam ser contados! Obrigada pela reflexão! Devoro cada texto.
Você sairá na frente se fizer isso, vai por mim. Eu que agradeço o feedback :)
Não dá pra defender uma pessoa que não se delicia com marrom glacê - especialmente aquele da lata metálica que precisava de abridor.
NÃO É? Pior que era exatamente esse aí, da Predileta ainda. Delícia.
Excelente edição, Fabiane, como de costume. Por mais que viva no Sudeste, sinto isso às vezes no interior de SP também. As pessoas "brincam" que determinada cidade é roça, mas eventualmente percebo um tom pejorativo. Felizmente, há muita vida fora dos grandes centros. E vida repleta de histórias incríveis.
É verdade, tudo que é do interior perde a característica de universal. Mas as histórias são universais. Obrigada pelo comentário e pela leitura!
Sonho com o dia em que a literatura brasileira vai se popularizar e o termo - regional - vai se extinguir. Como estudante de Letras, pretendo defender, principalmente, a literatura brasileira contemporânea, tão preciosa quanto os ditos clássicos. Adorei seu texto, em breve lerei seus livros. <3
Acredito muito que, sim, com o tempo o tal "regionalismo" vai ser abolido. A literatura brasileira é única. Agradeço muito a gentileza do comentário, espero que goste dos livros :)
Que coincidência bonita. Caipira que sou, escrevi exatamente sobre isso na minha newsletter semana passada. Foi transformador deixar o lugar da inadequação para ver beleza na minha história da menina que estudou na fazenda e não conheceu os "clássicos" na infância. As histórias são múltiplas e há muita beleza no que não é ainda visto como riqueza cultural...
Também não conheci muitos clássicos, mas minha filha conhecerá. Muito obrigada pelo comentário!
A minha também. Assim como (espero eu) uma visão de que os clássicos são importantes, porém as vivências, dentro do trivial, daquilo taxado de pouco, também é valoroso e deve ser observado com o mesmo afinco dos clássicos.
Conheci "Apague a luz se for chorar" em uma busca por livros nacionais que realmente saíssem desse eixo RJ-SP. Imagina a emoção da brasiliense aqui ao ler um livro tão sensível e que ainda se passava em locais tão conhecidos por mim :) muito obrigada!! Sua escrita é apaixonante 🖤
Você não sabe como me deixa feliz com esse comentário. Muita alegria saber que o Apague a luz traz tanta gente para o Cerrado. Obrigada!!
Que bonito isso.
Acho que é por isso mesmo que gosto da sua escrita, seus personagens parecem pessoas reais, falam como pessoas reais, é algo que parece simples e fácil, mas não é. E eu acho isso incrível (esse diálogo que você postou, caramba, sabe)!
Sempre persigo isso mesmo, transportar essa oralidade. Muito obrigada pelo comentário :)
Minha mãe e toda a sua família são de Formosa!
Você é da família da Rita Mattar? Já me disseram mesmo que ela é de Formosa!!
Sou irmã da Rita :))
Fabiane, seu texto é um bálsamo. Também escrevo, lançarei esta semana um novo livro de contos, o Marias, onde tento colocar em um prédio, por meio das minhas protagonistas uma diversidade de linguagens, de gente de tudo que é canto, mulheres de idades e condição econômica diferentes, vislumbrando cada qual o mundo com aquilo que carrega em sua bagagem cultural, embora todas dividindo a mesma atmosfera. Não foi fácil, porque por muito tempo tive a preocupação de falar por todas e com todas, por isso tive que me ouvir também. Vivi alguns anos no interior antes de vir, ainda pequena, para a capital paulista. Já minha família vem de diversas regiões do Brasil. E foi essa mistura gostosa que reverberou no Marias, porque eu ouvi o que eu trazia de mim mesma para dar vida às minhas personagens. Para mim isso é o mais puro compromisso com nossa história, traçada em nossa escrita.
Que coisa boa! Obrigada pelo comentário!
Me identifiquei muito com a sua experiência, Fabi. Passei muito tempo escrevendo histórias em cidades sem nome. Parecia que nenhuma história interessante ou bonita poderia acontecer nos lugares que eu conhecia. Hoje já não me sinto assim em relação à minha escrita, mas sinto muita falta de ler mais histórias centro-oestinas e brasilienses.
Estamos trabalhando para que mais das nossas histórias apareçam por aí!!
Que texto incrível, Fabiane! Eu sou do RJ, da baixada fluminense, e cresci também comendo marrom glacê com creme de leite. Infelizmente, só depois de adulta passei a ter coragem de explicar onde era "Duque de Caxias" e que não, eu não morava em Copacabana e muito menos perto da praia. Hoje em dia tenho como objetivo registrar mais sobre minha cidade e sempre que posso, falar de onde sou. Só que hoje, felizmente, com orgulho. Quem dera sempre tivesse sido assim.